Você tem Fome de Quê?

Eliminei um quilo do meu corpo. Um mísero quilo em quase dez dias desde que voltei do Workshop NutriVida Saudável. Em compensação deixei nos caminhos daquele haras muitas minhocas que andavam pela minha cabeça e um chicotinho imaginário que todos os dias fazia questão de usar sobre meus pensamentos, desejos e atitudes.

Um quilo é muito pouco? Não, não é.

É um começo. E comida é o menor dos nossos problemas quando se trata de emagrecimento. Descobri isso num final de semana, juntamente com outras mulheres sempre reunidas em círculo, seja ao redor de uma mesa ou num salão onde dançamos de olhos vendados, cada qual ouvindo mais do que a música que tocava. Ouvíamos nosso eu mais profundo e esse foi o motivo porque encharquei a venda dos olhos não só do bendito suor provocado pela dança espontânea, mas das lágrimas mais sentidas dos últimos anos.

“Você tem fome de quê?”, pergunta Angela Di Maria, uma das organizadoras do workshop, em dado momento. E diante das respostas, percebo que nossa fome emocional é nossa primeira inimiga. Claro, existem muitos outros inimigos à espreita: o metabolismo lento, tomar pouca água, não se alimentar de 3 em 3 horas, passar fome, experimentar dietas da moda, genética, etc. E tem também os sabotadores, os anúncios consumistas, a tirania da moda, as comidas verdadeiramente saborosas, mas hipercalóricas, as amigas que te adoram, mas sempre dizem que um pedacinho só não vai fazer diferença. Faz. Creia, quando não resistimos ao pedacinho de doce, ao chocolatinho depois do almoço, a mais um bocadinho ( o diminutivo é intencional) é um retrocesso no autoconhecimento, na aceitação e no respeito que devemos ter com a pessoa mais importante de nossas vidas, nós mesmas.

“Mas passa fome?”, me perguntaram na volta. Não passa, garanto. São cinco a seis refeições diárias (foco total na comida, ou seja, comer com consciência), muita atividade física onde se pode constatar que o prazer pode ser alcançado com uma caminhada, dança, bate papo na piscina e tantas outras opções. Além disso, foi deixado um cacho de banana (não uma penca, um cacho mesmo) para quem sentisse fome ou vontade entre as refeições.

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