[mk_page_section attachment=”scroll” bg_position=”left top” bg_repeat=”repeat” bg_stretch=”false” enable_3d=”false” speed_factor=”4″ bg_video=”no” video_mask=”false” video_opacity=”0.6″ top_shadow=”false” section_layout=”left” sidebar=”metaforas” min_height=”100″ full_height=”false” padding_top=”0″ padding_bottom=”0″ margin_bottom=”0″ first_page=”true” last_page=”true”][vc_column width=”1/1″][vc_column_text title=”A Águia e a Galinha” disable_pattern=”true” align=”left” margin_bottom=”0″]Era uma vez um CAMPONÊS que foi a floresta apanhar um pássaro para mantê-lo em sua casa. Conseguiu pegar um filhote de águia.
Colocou a águia no galinheiro junto com as suas galinhas. Comia milho e ração própria para galinhas, embora fosse a rainha de todos os pássaros.
Depois de 5 anos, este homem recebeu em sua casa a visita de um NATURALISTA.
Enquanto passeavam pelo jardim o naturalista viu a águia e disse:
– Hey, mas esse pássaro aí não é galinha. É uma águia!
– De fato – disse o camponês. É águia. Mas eu criei como galinha, então não é mais uma águia. Transformou-se em galinha como as outras, apesar das asas de quase três metros.
– Não – retrucou o naturalista. Ela é e será sempre uma águia. Pois tem um coração de águia. Este coração a fará um dia voar ás alturas.
– Não, não – insistiu o camponês. Ela virou galinha e jamais voará como águia.
Então decidiram fazer uma prova.
O NATURALISTA tomou a águia, colocou-a em seu braço, ergueu-a bem alto e desafiando-a disse: – já que você de fato é uma águia, já que você pertence ao céu e não a terra, então abra suas asas e voe!
A águia viu as galinhas lá embaixo, ciscando grãos e comendo minhoca e… E pulou para junto delas.
O CAMPONÊS comentou:
– Eu lhe disse, ela virou uma simples galinha!
– Não – tornou a insistir o naturalista. Ela é uma águia.
E uma águia será sempre uma águia. Vamos experimentar novamente amanhã.
No dia seguinte, o naturalista subiu com a águia no teto da casa.
Sussurrou-lhe: – Águia, já que você é uma águia, abra as suas asas e voe!
Mas quando a águia viu lá embaixo as galinhas, ciscando grãos e comendo minhocas e voou para junto delas!
O camponês sorriu: – Eu lhe havia dito, ela virou galinha!
– Não – respondeu o naturalista.
Ela é águia, possuirá sempre um coração de águia. Vamos experimentar ainda uma ultima vez.
No dia seguinte, os dois levantaram bem cedo. Pegaram a águia, levaram para fora da cidade, longe das casas dos homens, no alto de uma montanha.
Podia-se ver o sol nascente.
O naturalista ergueu a águia para o alto e ordenou-lhe:
– Águia, já que você é uma águia, já que você pertence ao céu e não à terra, abra suas asas e voe!
A águia olhou ao redor. Tremia como se experimentasse uma nova vida. Mas não voou. Então o naturalista segurou-a firmemente, bem na direção do sol, para que seus olhos pudessem encher-se da claridade e da vastidão do horizonte.
Nesse momento, ela abriu suas potentes asas, e ergueu-se, soberana, sobre si mesma.
E começou a voar, a voar para o alto, a voar cada vez mais para o alto. Voou… voou… até confundir-se com o azul do firmamento…
Nós fomos criados à imagem e semelhança de Deus! Mas houveram pessoas que nos fizeram pensar como galinhas. E muitos de nós ainda acham que somos efetivamente galinhas. Mas nós somos águias. Por isso, amigas, abramos as asas e voemos .
Voemos como as águias.
Jamais nos contentemos com os grãos que nos jogarem aos pés para ciscar.
Autor: Leonardo Boff[/vc_column_text][/vc_column][/mk_page_section]